sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Leitura do dia: "Procura reconciliar-te com teu adversário" (Mateus 5, 20-26)

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: 'Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal'.
Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: 'patife!' será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de 'tolo' será condenado ao fogo do inferno.
Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal.
Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão.
Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.
Palavra da Salvação.

Você sabia? 15 fatos esclarecedores sobre o Ano Litúrgico e a Quaresma

A Quaresma é um período muito específico e muito especial do ano litúrgico cristão.

MAS O QUE É O ANO LITÚRGICO?


1. O ano litúrgico, ou ano cristão, é o espaço de tempo ao longo do qual a Igreja recorda progressivamente a salvação realizada por Deus. A Igreja distribui nesse período os diversos tempos litúrgicos que celebram o mistério de Cristo.

2. O ano litúrgico dura de fato um ano, mas não começa nem termina nos dias 1º de janeiro e 31 de dezembro, como o ano civil. Suas datas de começo e fim são móveis.

3. O início do ano litúrgico são as vésperas do I Domingo deAdvento, que ocorre no dia 30 de novembro ou no domingo mais próximo a essa data. O Advento, portanto, é o primeiro tempo litúrgico do ano cristão e nos prepara para o Nascimento de Jesus. Seu término acontece logo antes das vésperas do Natal do Senhor.

4. Nas vésperas do Natal do Senhor, tem início o segundo tempo litúrgico do ano cristão: o Tempo do Natal. Ele se estende até o domingo depois da Epifania, ou seja, o dia 6 de janeiro ou o primeiro domingo seguinte ao dia 6 de janeiro.

5. Na segunda-feira imediatamente seguinte ao domingo da Epifania, começa o Tempo Comum, que se divide em duas etapas. A primeira etapa vai até a terça-feira de carnaval, incluindo-a. Na Quarta-Feira de Cinzas, o Tempo Comum é interrompido pela sequência de Quaresma, Tríduo Sacro e Tempo Pascal. Somente a partir da segunda-feira seguinte ao domingo de Pentecostes, o qual encerra o Tempo Pascal, é que começa a segunda etapa do Tempo Comum, que ocupará todo o restante do ano cristão, terminando logo antes das vésperas do I Domingo de Advento.

6. O Tempo da Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas e se prolonga até imediatamente antes da celebração da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa.

7. A partir da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, que celebra a instituição da Eucaristia durante a Última Ceia de Cristo com seus Apóstolos, começa o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor. Seu ápice é a Vigília Pascal e seu término são as vésperas do Domingo da Ressurreição.

8. No domingo da Páscoa da Ressurreição, começam os cinquenta dias do Tempo Pascal, que termina no domingo do Pentecostes. O Tempo Pascal, liturgicamente, é como se fosse um único e longo dia de festa pela Ressurreição de Cristo. Seus primeiros oito dias constituem a Oitava da Páscoa: são dias de exultação, celebrados como solenidades do Senhor.


A QUARESMA


1. Em 2015, a Quarta-Feira de Cinzas cai neste dia 18 de fevereiro, dando início à Quaresma.

2. O Tempo Quaresmal terminará na Quinta-Feira Santa, em 2 de abril, logo antes do início da Missa Vespertina da Ceia do Senhor.

3. A Quaresma dura seis semanas, que se dividem em três etapas:
- Os dois primeiros domingos falam das tentações e da transfiguração de Jesus;
- Os três domingos seguintes abordam aspectos do batismo: no ciclo litúrgico A, por exemplo, fala-se da samaritana (água), do cego (luz) e de Lázaro (vida);
- E o sexto domingo, que é o Domingo de Ramos ou da Paixão, dá início à Semana Santa.


4. O Concílio Vaticano II acentuou o caráter batismal e penitencialda Quaresma. A liturgia desse tempo deve nos preparar para a celebração do Mistério Pascal, por meio da recordação do batismo e através das práticas do arrependimento dos nossos pecados e da conversão a uma vida nova em Cristo Ressuscitado.

5. A liturgia da Quaresma se caracteriza pela ausência do aleluia, pela austeridade na celebração, pela cor roxa dos paramentos do sacerdote, pela via crúcis, pela confissão sacramental em preparação para a Páscoa, entre outros elementos que destacam a importância da nossa conversão.

6. Embora a cor litúrgica do tempo da Quaresma seja o roxo, pode ser usada a cor rósea no Quarto Domingo da Quaresma, que, neste ano, vai cair em 15 de março. Esse é o domingo do “Laetare” (que se pronuncia “letáre” e significa “alegra-te”, em latim). É o domingo que marca a superação de metade da Quaresma e recorda que a Páscoa da Ressurreição já está mais próxima, renovando a nossa alegria cristã mesmo em meio a um período de penitência e conversão.

7. A mensagem do papa Francisco para a Quaresma de 2015 é um convite à nossa renovação como católicos. Ele nos explica que a Quaresma é um "tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis; a Quaresma é, sobretudo, um 'tempo favorável' de graça (cf. 2 Cor 6, 2)". Para favorecer essa renovação, o papa Francisco propõe três textos para a nossa meditação:
"Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros" (1 Cor 12, 26): sobre a Igreja.
"Onde está o teu irmão?" (Gn 4, 9): sobre as paróquias e as comunidades.
"Fortalecei os vossos corações" (Tg 5, 8): sobre cada um dos fiéis.

Fonte: Aleteia

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Leitura do dia: "Todo aquele que pede, recebe" (Mateus 7, 7-12)

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Pedi e vos será dado! Procurai e achareis!
Batei e a porta vos será aberta!
Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra; e a quem bate, a porta será aberta.
Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão?
Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe?
Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem!
Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles.
Nisto consiste a Lei e os Profetas.
Palavra da Salvação.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Diocese de Criciúma: Dom Onécimo Alberton recebe o ministério episcopal

Um dia de festa e de alegria para o povo de Deus das dioceses de Criciúma e de Rio do Sul. Cerca de cinco mil fiéis compareceram, na tarde deste domingo, 22, à Celebração Eucarística com rito de Ordenação Episcopal do agora “Dom Onécimo Alberton”. A santa missa, realizada no Sisos Hall, foi presidida pelo bispo da Diocese de Tubarão, Dom João Francisco Salm, bispo ordenante, e concelebrada pelos bispos co-ordenantes, Dom Jacinto Inacio Flach, de Criciúma, e Dom Paulo Antonio De Conto, de Montenegro (RS), junto a outros dez bispos e mais de 150 padres e diáconos de Santa Catarina e de outros estados.

No início da missa, Dom Jacinto Flach acolheu a todos que vieram participar deste momento que segundo ele, é de um verdadeiro “kairós”, de graça para a Igreja, e saudou os que vieram de perto e de longe. Dom João Salm também fez sua saudação, agradecendo a Deus pelo dom da missão do novo bispo e pediu a bênção do Senhor sobre a Diocese de Criciúma, através de muitas e santas vocações.

Obedecendo ao rito, Dom Onécimo foi apresentado pelos padres Wilson Buss e Ângelo Galato. A bula papal, assinada pelo Papa Francisco, foi lida por padre Egídio Schmoeller e dizia, em um de seus parágrafos: “Dileto filho, pedimos a ti, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, os dons do Espírito Santo Paráclito, com cuja ajuda apascentes os fiéis a ti confiados, exercendo especialmente a caridade, lembrando as palavras de Santo Agostinho: ‘Tem a caridade, e terás todas as coisas: sem ela, nada do que possas ter te adiantará’”.

Um momento de profundo silêncio tomou conta de toda a assembleia durante a imposição das mãos dos bispos, antecedida pela prostração e a Ladainha de Todos os Santos. Logo após, o eleito teve a cabeça ungida com o óleo santo e recebeu as insígnias: o livro dos Evangelhos, antes depositado em sua cabeça, o anel, a mitra e o báculo.

Assim ordenado, a canção que ecoou pelo enorme salão foi o hino contendo o lema de ordenação: “Estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,27c), composto pelo padre Ney Brasil, da Arquidiocese de Florianópolis, em homenagem a Dom Onécimo.

“Como um irmão querido”


No início de sua homilia, Dom João recordou a passagem bíblica em que São Paulo pede a Filêmon que receba Onésimo não mais como escravo, mas “como um irmão querido” (Flm 16). “O povo de Rio do Sul, tendo à frente Dom Augustinho, Dom José, os padres, os diáconos, os religiosos e as religiosas, assim como as lideranças leigas, suplicava a Deus pelo novo bispo. Agora, aguarda a chegada de Dom Onécimo para ser no meio deles ‘como um irmão querido’, capaz de gestos, palavras e atitudes de um pai. E mais: creem, com fé humilde e sincera, que o Pastor que está chegando é dom – mais que um presente – enviado diretamente das entranhas do amor de Deus, conforme a promessa em Jeremias: ‘Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração’”.

Dom João Salm continuou falando sobre as atribuições de um bispo, que estão firmadas no serviço; na pregação; no fazer-se próximo das ovelhas, como o Bom Pastor; no chamado a amar com amor de pai e de irmão os que Deus coloca sob seus cuidados; na disposição solícita e em ser vigia do rebanho dos fiéis, tendo por pilar de seu ministério a Trindade.

“A Diocese de Tubarão foi criada há 60 anos e abrangia a atual Diocese de Criciúma que, por isso, está incluída na celebração jubilar deste ano. A ordenação episcopal de Dom Onécimo poderia ser, diríamos, um diamante na coroa deste jubileu de 60 anos, coroa que pertence a Tubarão e Criciúma. Mas este diamante também encontra um lugar todo especial na coroa das bodas de 60 anos de casamento que o Sr. Mozé e a Dona Laura celebraram no último ano. Alguém me contou que quando o padre Onécimo informou aos pais que havia sido nomeado bispo de Rio do Sul, o pai lhe teria dito: ‘Então tu vais amar a Diocese de Rio do Sul como teu pai ama tua mãe’. Um amor de 60 anos! Veja, portanto, a Diocese de Rio do Sul, quanto amor poderá esperar de Dom Onécimo”, destacou o bispo ordenante.

Dom João agradeceu a todos e conclamou para que o Ano da Paz, o Ano da Vida Consagrada, o Itinerário do Sínodo sobre a Família, os 50 anos do Concílio Vaticano II, a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, neste ano celebrados, ajudem a “criar novo céu e nova terra” e pediu a intercessão dos santos padroeiros das dioceses pela missão de Dom Onécimo e por todas as dioceses da CNBB Regional Sul 4.

Homenagens


Ao final da celebração, Dom Onécimo acolheu as manifestações de gratidão da Diocese de Criciúma. Em nomes dos leigos, a coordenadora da Escola de Teologia para Leigos, Maria Inês Conti, foi a primeira a agradecer. “A sua dedicação, atenção, espiritualidade, humildade, alegria, recolhimento eo seu carinho jamais serão esquecidos! Tudo ficará gravado em nossos corações como a boa semente que dá frutos, porque foram cultivadas, cuidadas, regadas e alimentadas pela força do seu testemunho de vida, carisma, fé, amor, amizade e esperança. Tenha a certeza, jamais o esqueceremos. O senhor é muito especial”.

Em seguida, foi a vez do padre Vilcionei Baggio, primo do bispo ordenado e que falou em nomes dos sacerdotes religiosos. “Jesus era de Nazaré, um povoado simples, formado de pessoas simples, mas com o coração repleto de confiança em Deus. Você, Dom Onécimo, também vem de uma comunidade simples, habitada por pessoas simples. Mas uma comunidade viva, unida na fé e com o coração cheio de confiança em Deus. Jamais esqueça, meu querido amigo, a sua origem e de como o Senhor voltou sobre você o seu olhar, o escolheu desde pequeno e agora confia a você nova missão. Em sua missão pastoral, volte seu olhar para os que sofrem, para os abandonados e esquecidos, e anuncia a eles que são amados e queridos do Pai”.

Representando o clero diocesano e a Pastoral Presbiteral, o padre Éder Carminatti agradeceu os longos anos de serviço prestado por Dom Onécimo à Diocese de Criciúma. “O clero de nossa Diocese está contigo, meu irmão, reza contigo e te acompanha na missão. Nossa Diocese sente-se honrosa em presentear a Diocese de Rio do Sul com um bispo que tem em seu coração o mesmo desejo de Jesus Cristo: servir e amar, para conduzir e salvar. Seja feliz sempre fazendo a vontade de Deus e que, como São João Batista, possas preparar os caminhos para o Senhor”.

Por fim, foi a vez de Dom Onécimo externar sua gratidão aos bispos, padres, religiosos, seminaristas, leigos e paróquias onde conviveu e exerceu seu ministério sacerdotal durante os últimos 22 anos. “Agradeço a Deus pelos meus pais Mozé e Laura, meus irmãos, irmã, cunhadas, sobrinhos e sobrinhas. A família foi o primeiro seminário de amor onde Deus me chamou para vida e vocação. Pai! Amarei a Igreja de Rio do Sul como o pai ama a mãe e a nós. Este anel lembrará todos os dias do meu compromisso fiel e esponsal com esta Igreja. Esta cruz me dirá que devo trazer para dentro do coração todos aqueles e aquelas pelos quais Cristo me convida a dar a vida. ‘Estou no meio de vós como aquele que serve’. Este é o meu lema e projeto de vida que assumo com o auxílio da Trindade Santa, junto ao povo de Deus da Diocese de Rio do Sul, com seus dois bispos eméritos, com as suas 31 paróquias, as 487 comunidades, os 51 centros de atendimentos e os 34 municípios do alto e parte do médio vale do Itajaí. Com este lema apresento minha prece: Que Deus me ajude a servir como aquele que serve, não servindo a mim e a meus interesses e vontades. Que ele me ajude, através do serviço a mim confiado, revelar e construir o seu Reino. Assim seja, amém!”.

Após a celebração, Dom Onécimo recebeu os cumprimentos dos presentes.

Bispos, padres e familiares falam sobre Dom Onécimo


“Para a Igreja é uma grande festa. É uma bênção de Deus que acontece em nossa Diocese, padre (dom) Onécimo ser escolhido para servir a Igreja em outro lugar. Nós abrimos mão para esta graça acontecer fora de nossa Diocese. A presença do povo e todos os padres e bispos é sinal de que esta foi uma festa para a Igreja” (Dom Jacinto Inacio Flach, Bispo da Diocese de Criciúma).

“É uma alegria muito grande. Vieram vários ônibus, carros particulares e quem não pode vir, ficou acompanhando de lá, em oração. A Diocese toda está se preparando com palestras, orações, tanto para o dia de hoje quanto para o dia 15 de março” (Dom Augustinho Petry, Bispo Emérito de Rio do Sul).

“Penso que há duas coisas que vale a pena ressaltar. Primeiro, como Dom Onécimo vivenciou, como tudo isso entrou profundamente em seu coração e tomou conta dele, a disposição dele em assumir a Diocese de Rio do Sul. Em segundo, como a comunidade vivenciou e preparou a celebração; como participou e se deixou envolver por tudo o que foi a cerimônia. Dom Onécimo é uma pessoa ligada ao serviço, ao desprendimento, sempre disposto, que busca melhorar o ambiente com ternura e espírito de serviço” (Dom Wilson Jönck, Arcebispo de Florianópolis e Presidente da CNBB Regional Sul 4).

“O conheço há muitos anos. Quando escutei sobre a escolha de seu ministério não só fiquei surpreso como também contente, porque além de amigo, é alguém da nossa região, escolhido para ser pastor desta Igreja em Rio do Sul. Desejo um apostolado fecundo e frutuoso em sua caminhada como pastor” (Padre Wadislau Milak, que há 22 anos serve a congregação Rogacionistas do Coração de Jesus na Polônia, 10 destes em Cracóvia).

“Ele sempre foi motivo de orgulho para nós. Muito família, humilde. Sempre que temos alguma dificuldade, pedimos auxílio a ele, que abre o nosso coração, a nossa mente. Que Deus dê muita força a ele” (Maria Begair Alberton, irmã de Dom Onécimo).

“Este momento da ordenação foi muito bom. Algo que a gente não esperava e aconteceu. No começo fiquei emocionado. Tem horas em que estou sozinho e fico pensando: ‘Como pode? Acontecer isto na minha família!’” (Mozé Alberton, pai de Dom Onécimo).

“É uma graça para mim, a quinta graça. A primeira foi ter visto sua ordenação de padre; a segunda, ter feito o meu casamento; a terceira, ter batizado meu filho; a quarta, minha filha; e hoje, a quinta, ao vê-lo ordenado bispo. Sempre foi um irmão companheiro, dedicado, amoroso e fraterno, de uma simplicidade sem igual!” (Zoê Moisés Alberton, irmão de Dom Onécimo).
Fotos site: Bibiana Pignatel / Adriana Silva
Fonte: Diocese de Criciúma

Oração da Criança: Quero ter sempre muita fé e muito amor no coração

Jesus, eu gosto muito de Ti,
muito obrigado pela vida que o Senhor me deu!
Muito obrigado pelo papai e pela mamãe e por todas as pessoas, que o Senhor colocou bem perto de mim.
Jesus, eu estou crescendo não só por fora, para ter um corpo bonito e forte mas, ajude-me a crescer também por dentro, para ter um coração cheio de bondade.
Jesus, ajude-me a ser feliz porque eu existo.
Jesus, eu gosto do Senhor, de todo coração e vou gostar de todo mundo, como o Senhor gosta de mim.
Quero ser sempre uma criança alegre, que obedeça meus pais em tudo e que ajude sempre os coleguinhas. 
Quero ter sempre muita fé e muito amor no coração.
Eu te amo Jesus.

Amém.

Anote na agenda: As matrículas da catequese serão feitas no próximo dia 28

Atenção pais e catequizandos! Paz e Bem!
O dia das matrículas para a catequese está chegando, anote em sua agenda...

As matrículas acontecerão no dia 28 de fevereiro, nas salas de catequese, das 8:30 às 11 horas, e das 13:30 às 17 horas.
É importante lembrar que é preciso trazer os seguintes documentos:
* Certidão de Nascimento
* Data do Batismo
* Cartão do Dízimo
* Uma contribuição de R$ 10,00 para as despesas da catequese.

Vale ressaltar que poderão fazer a matrícula para a Primeira Eucaristia, todas as crianças que completam 9 anos em 2015.
Os catequizandos que estavam na catequese em 2014, já foram matriculados por seus catequistas, cada um na sua turma.
Todavia, todos deverão comparecer ao culto da catequese no dia 01 de março, às 09 horas, para saber o dia e horário de sua turma de catequese, e também conhecer o seu catequista.

Deus abençoe à todos e um forte abraço,

A coordenação.

Leitura do dia: "Vós deveis rezar assim" (Mateus 6, 7-15)

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos.
Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.
Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais.
Vós deveis rezar assim: Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará.
Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes.
Palavra da Salvação.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Missa em Santa Isabel: Frei Benjamim celebra juntamente com Frei Toni

No último domingo 22, Frei Benjamim, vigário da Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Forquilhinha, celebrou a Santa Missa na comunidade de Santa Isabel ao lado de Frei Toni.
Frei Toni, que é natural de Forquilhinha estava de passagem pela cidade.
Antes de retornar à cidade onde exerce seu ministério sacerdotal, Frei Toni foi convidado à celebrar a Santa Missa na capela de Santa Isabel.

Uma linda celebração!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Leitura do dia: "Tome sua cruz cada dia, e siga-me" (Lucas 9, 22-25)

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 9, 22-25
Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 'O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia.'
Depois Jesus disse a todos: 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me.
Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?
Palavra da Salvação.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Presentes de Deus: Toda criança é jardim nas mãos de Deus

“Toda criança é jardim nas mãos de Deus! Sementinhas germinando, em frutos se transformando. Jardim de esperança, amor em construção.” Elizabete Lacerda.

Nossas crianças são lindas! Presentes de Deus correndo por todos os lados, subindo e descendo, pulando e inventando mil formas de viver a vida de um jeito bem bonito, engraçado, divertido, simpático, surpreendente e muito, mas muito feliz!

O mundo, certamente, seria muito triste sem as peraltices delas! Sem o sorrisinho malandro escondido por entre as pernas do pai ou enrolado nos braços da mãe, sem os brinquedos espalhados pela casa afora ou sem aquele aconchego gostoso, no fim do dia, querendo colo e uma boa noite de sono para, no outro dia, recomeçar tudo de novo com toda energia possível para não perder nem um segundo deste tempo especial que é ser criança.

O amor gera cuidado! Crianças são como flores de um jardim. Elas esperam por nós para serem cultivadas numa terra boa. O tempo de espera é importante para que floresçam abundantemente e deixem um perfume doce e suave no imenso canteiro que é o mundo.

E pensar que um dia também já fomos crianças como elas! Puras, inocentes, simples, sinceras, capazes de pedir desculpas e, em seguida, continuar a brincar felizes, sem complicações, sem rancor, sem mágoas. Simplesmente crianças.

Jesus amava as crianças e gostava quando estavam por perto. Um dia, surpreendentemente, disse aos que O ouviam:“...o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas.”(Lc 18,16) Não há outro caminho! Precisamos voltar sempre a olhar nos olhos de uma criança para reaprender com elas que a vida se renova a cada instante na simplicidade dos gestos, no perdão sincero, no amor verdadeiro, num coração puro que deixa espaço para que um amigo possa entrar quando quiser.

Olhemos para nossas pequeninas flores, sem pressa, mas com o amor daquele que contempla cada detalhe e se encanta, sem necessidade de palavras, de livros, de argumentos. Olhemos para decorar cada gesto, para vibrar com cada descoberta, para ouvir cada palavra, para entender que cada um deve florir no tempo certo e onde Deus plantar.

Cada criança é um mundo que se abre diante de nossos olhos. Sejamos jardineiros bons e fiéis. Elas precisam de nós!

Ir. Deuceli Kwiatkowski

Tempo Quaresmal: Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015

Amados irmãos e irmãs,

Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.

Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.

Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.

A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n'Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.

Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.

1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.


Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.

A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n'Ele, um não olha com indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).

A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.

2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades


Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?

Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções.

Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Julho de 1897).

Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.

Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.

Esta missão é o paciente testemunho d'Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.

Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!

3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis


Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?

Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.

Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.

E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.

Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.

Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.

Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Vaticano, Festa de São Francisco de Assis, 4 de Outubro de 2014.
Fonte: Site do Vaticano

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Leitura do dia: "E vós ainda não compreendeis?" (Marcos 8, 14-21)

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8, 14-21
Naquele tempo: Os discípulos tinham se esquecido de levar pães.
Tinham consigo na barca apenas um pão.
Então Jesus os advertiu: 'Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.'
Os discípulos diziam entre si: 'É porque não temos pão.'
Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: 'Por que discutis sobre a falta de pão?
Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido?
Tendo olhos, vós não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis?
Não vos lembrais de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas?
Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?'
Eles responderam: 'Doze.'
Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?
Eles responderam: 'Sete.'
Jesus disse: 'E vós ainda não compreendeis?'
Palavra da Salvação.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Um ato de amor: Jovens aderem à campanha Brasil Vivo! Sem Aborto!

A campanha “Brasil Vivo! Sem Aborto!”, promovida pelo Ministério de Fé e Política da Renovação Carismática Católica (RCC), de Criciúma, que visa proteger a vida desde a sua concepção até a morte, é destaque em todo o país desde janeiro de 2014. Na manhã deste domingo, 15, ela ganhou os jovens retirantes do 19º Vinde e Vede, quando foi tema de uma das pregações no Centro de Eventos José Ijair Conti.

O coordenador do Ministério de Fé e Política da Diocese de Criciúma, Pedro Manoel da Silva, frisou a importância da mobilização. “Dizem que para que o mal triunfe, é preciso que os bons não façam nada. Nós estamos aqui para fazer a diferença, impedir o mal de vencer”, declarou.

Durante a pregação ainda, os participantes do retiro Vinde e Vede receberam um kit contendo uma réplica de um feto de 12 semanas, uma cartilha explicativa sobre o processo da gravidez e um terço.

O vereador e membro do ministério, Salésio Lima, chamou a atenção dos jovens para uma movimentação nas redes sociais que iniciou no ano passado, mas será intensificada em 2015, em prol de um projeto que revoga a lei n° 12.845/13 que permite o aborto em situações específicas.

Para participar da mobilização basta buscar o contato dos deputados no site www.camara.leg.br, e enviar um e-mail solicitando a revogação da lei


Ministério de Fé e Política atuando na região



O Ministério de Fé e Política da Renovação Carismática Católica tem como objetivo motivar as pessoas a estudar sobre política e conscientizar os membros a exercer o voto justo. “Fé e política não se misturam, mas devem caminhar juntas”, explica o coordenador.

Atualmente, o ministério trabalha através de campanhas de conscientização para que os cristãos usem o seu voto com sabedoria, escolhendo candidatos que apoiem a vida em todos os seus aspectos.

O ministério também se preocupa em auxiliar os membros da Rcc que demonstrem interesse pelo meio político, trabalhando em desenvolver a vocação de cada um.

Em 2009 foi lançada uma normativa nacional que regulamenta o trabalho do político membro da Rcc. De acordo com ela, cada candidato deve ter um conselho de mandato, formado por sete pessoas que o acompanham durante toda a campanha e após, em seu mandato. Este conselho se reúne uma vez por mês para avaliar suas ações e orar pelo futuro do político, para que ele não se deixe corromper.
MCS - RCC Criciúma
Fonte: http://rcccriciuma.org.br/

Quarta-feira de Cinzas: Haverá celebração na Igreja de Santa Isabel

Paz e Bem irmãos em Cristo!
Estamos nos aproximando da Quaresma e juntos, somos chamados à dar início ao tempo quaresmal com muita fé, que é marcado também pela abertura da Campanha da Fraternidade: "Eu vim para servir" (Marcos 10, 45).
Por isso, na próxima Quarta-feira de Cinzas, teremos celebração na Igreja de Santa Isabel. Jesus espera por você!

Tempo Quaresmal: Qual o significado da Quarta-feira de Cinzas?

Já estamos nos aproximando da quaresma, tempo de reflexão, de profunda oração, tempo de penitência. A próxima quarta-feira é marcada pelo início do tempo quaresmal, que antecede a páscoa de Cristo: A Quarta-feira de Cinzas.

A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal.

Uma das frases – no momento da imposição das cinzas serve de lembrete para nós: ‘Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.’ A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.

A Quarta-feira de Cinzas leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma.

A própria Quarta-feira de Cinzas nos coloca dentro do mistério. É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus.

Eu gosto muito de um texto do livro das Crônicas que diz: “Se meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei do alto dos céus e sanarei sua terra” (II Cr 7, 14).

A Quaresma é tempo conversão, tempo de silêncio, de penitência, de jejum e de oração.

O Tempo da Quaresma vai da 4ª Feira de Cinzas até a Missa da ceia do Senhor. É o Tempo para preparar a celebração da Páscoa do Senhor. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do Tempo Quaresmal que, principalmente pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração do mistério pascal” (SC, n. 109).

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Leitura do dia "Se queres tens o poder de curar-me" (Marcos 1, 40-45)

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1, 40-45
Naquele tempo:
Um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: 'Se queres tens o poder de curar-me'.
Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero: fica curado!'
No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado.
Então Jesus o mandou logo embora, falando com firmeza: 'Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!'
Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato.
Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos.
E de toda parte vinham procurá-lo.
Palavra da Salvação.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Via Sacra - I Estação: Jesus é condenado à morte

Jesus é condenado à morte.


“Retorquiu-lhes Pilatos: ‘E que hei de fazer de Jesus que é chamado Messias?’. Replicaram todos: ‘Seja crucificado!’. Pilatos insistiu: ‘Então, que mal fez Ele?’. Mas eles gritavam mais ainda: ‘Seja crucificado!’. Soltou-lhes então Barrabás. E a Jesus, depois de tê-lo mandado açoitar, entregou-O para ser crucificado.” (Mateus 27, 22-23.26).

Meditação

O Juiz do Mundo, que um dia voltará para nos julgar a todos, está ali, aniquilado, insultado e inerme diante do juiz terreno. Pilatos não é um monstro de malvadez. Sabe que o condenado diante dele é inocente; procura um modo de libertá-Lo. Mas seu coração está dividido. E, no fim, faz prevalecer sua posição, faz prevalecer a si mesmo, sobre o direito. Também os homens que gritam e pedem a morte de Jesus não são monstros cruéis. Muitos deles, no dia de Pentecostes, sentir-se-ão “emocionados até ao fundo do coração” (At 2,37), quando Pedro lhes disser: “Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, vós O matastes, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa” (At 2,22.23). Mas naquele momento sofrem a influência da multidão. Gritam porque os outros gritam e como gritam os outros. E, assim, a justiça é espezinhada pela covardia, pela pusilanimidade, pelo medo da mentalidade predominante. A voz sutil da consciência fica sufocada pelos brados da multidão. A indecisão e o respeito humano dão força ao mal.

Oração

Senhor, fostes condenado à morte porque o medo do olhar alheio sufocou a voz da consciência. E, assim, acontece que, sempre ao longo de toda a história, inocentes são maltratados, condenados e mortos. Quantas vezes também nós preferimos o sucesso à verdade, nossa reputação à justiça. Dai força, na nossa vida, à voz sutil da consciência, à Vossa voz. Olhai-me como olhastes para Pedro depois de Vos ter negado. Fazei com que o Vosso olhar penetre em nossas almas e indique a direção para nossa vida. Àqueles que na Sexta-feira Santa gritaram contra Vós, no dia de Pentecostes destes a contrição do coração e a conversão. E assim destes esperança a todos nós. Não cesseis de dar também a nós a graça da conversão. Pai nosso...

Via Sacra - II Estação: Jesus é carregado com a cruz

Jesus é carregado com a cruz.


“Então, os soldados do governador levaram Jesus consigo para o Pretório e reuniram junto dele toda a companhia. Depois de O terem despido, envolveram-No em um manto encarnado. Teceram uma coroa de espinhos, que lhe puseram na cabeça, e, na mão direita, colocaram-Lhe uma cana. Ajoelharam-se diante dEle e escarneceram- No dizendo: ‘Salve, ó rei dos Judeus!’. Depois, cuspiram nEle, pegaram a cana e puseram-se a bater com ela na cabeça de Jesus. Depois de O terem escarnecido, despiram- Lhe o manto, vestiram-Lhe as roupas e levaram-No para ser crucificado.” (Mateus 27, 27-31).


Meditação

Jesus, condenado como pretenso rei, é escarnecido, mas precisamente na troça aparece cruelmente a verdade. Quantas vezes as insígnias do poder trazidas pelos poderosos deste mundo são um insulto à verdade, à justiça e à dignidade do homem! Quantas vezes seus rituais e suas grandes palavras não passam, na realidade, de pomposas mentiras, uma caricatura do dever que lhes incumbe por força de seu cargo, ou seja, colocar-se a serviço do bem. Por isso mesmo, Jesus, Aquele que é escarnecido e que traz a coroa do sofrimento, é o verdadeiro rei. Seu cetro é justiça (cf. Sl 45/44,7). O preço da justiça é sofrimento neste mundo: Ele, o verdadeiro rei, não reina por meio da violência, mas através do amor com que sofre por nós e conosco. Ele carrega a cruz, a nossa cruz, o peso de sermos homens, o peso do mundo. É assim que Ele nos precede e mostra como encontrar o caminho para a vida verdadeira.

Oração

Senhor, deixastes que Vos escarnecessem e ultrajassem. Ajudai-nos a não fazer coro com aqueles que escarnecem quem sofre e quem é frágil. Ajudai-nos a reconhecer o Vosso rosto em quem é humilhado e marginalizado. Ajudai-nos a não desanimar perante as zombarias do mundo quando a obediência à Vossa vontade é ridicularizada. Carregastes a cruz e convidastes-nos a seguir-Vos por este caminho (Mt 10,38). Ajudai-nos a aceitar a cruz, a não fugir dela, a não lamentar nem deixar que nossos corações se abatam com as provas da vida. Ajudai-nos a percorrer o caminho do amor e, obedecendo às suas exigências, a alcançar a verdadeira alegria. Pai nosso...

Via Sacra - III Estação: Jesus cai pela primeira vez

Jesus cai pela primeira vez.


“Eram os nossos males que Ele suportava, e as nossas dores que trazia sobre Si. Mas víamos nEle um homem castigado, ferido por Deus e sujeito à humilhação. Ele foi trespassado por causa de nossas culpas, esmagado devido às nossas faltas. O castigo que nos salva caiu sobre Ele, e, por causa de suas chagas, fomos curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada qual seu caminho. E o Senhor fez cair sobre Ele as faltas de todos nós.” (Isaías 53, 4-6).

Meditação

O homem caiu e continua a cair: quantas vezes ele se torna a caricatura de si mesmo, já não é a imagem de Deus, mas algo que põe em ridículo o Criador. Aquele que, ao descer de Jerusalém para Jericó, embateu nos ladrões que o despojaram deixando-o meio morto, sangrando à beira da estrada, não é porventura a imagem por excelência do homem? A queda de Jesus sob a cruz não é apenas a queda do homem Jesus já extenuado pela flagelação. Aqui aparece algo de mais profundo, como diz Paulo na Carta aos Filipenses: “Ele, que era de condição divina, não reivindicou o direito de ser equiparado a Deus. Mas despojou-Se a Si mesmo tomando a condição de servo, tornando-Se semelhante aos homens [...] humilhou-Se a Si mesmo, feito obediente até à morte e morte de cruz” (Fl 2, 6-8). Na queda de Jesus sob o peso da cruz, é visível todo Seu itinerário: Sua voluntária humilhação para nos levantar de nosso orgulho. E ao mesmo tempo aparece a natureza de nosso orgulho: a soberba pela qual desejamos emancipar- nos de Deus sendo apenas nós mesmos, pela qual cremos não ter necessidade do amor eterno; queremos organizar nossa vida sozinhos. Nessa revolta contra a verdade, nessa tentativa de nos tornarmos deus, de sermos criadores e juízes de nós mesmos, caímos e acabamos por nos autodestruir. A humilhação de Jesus é a superação de nossa soberba: com Sua humilhação, Ele nos faz levantar. Deixemos que Ele nos levante. Despojemo- nos de nossa auto-suficiência, de nossa errada teimosia em sermos autônomos, e aprendamos o contrário dAquele que se humilhou, ou seja, aprendamos a encontrar nossa verdadeira grandeza, humilhando-nos e voltando-nos para Deus e para os irmãos espezinhados.

Oração

Senhor Jesus, o peso da cruz Vos fez cair por terra. O peso de nosso pecado, o peso de nossa soberba Vos joga ao chão. Mas Vossa queda não é sinal de um destino adverso, nem é a pura e simples fraqueza de quem é espezinhado. Quisestes vir até junto de nós, que, por nossa soberba, jazemos por terra. A soberba de pensar que somos capazes de produzir o homem fez com que os homens se tenham tornado uma espécie de mercadoria para se comprar e vender, como que uma reserva de material para nossas experiências, pelas quais esperamos, por nós mesmos, superar a morte, quando, na verdade, conseguimos apenas humilhar cada vez mais profundamente a dignidade do homem. Senhor, vinde em nossa ajuda, porque caímos. Ajudainos a abandonar nossa soberba devastadora e, aprendendo da Vossa humildade, a nos colocarmos novamente de pé. Pai nosso...

Via Sacra - IV Estação: Jesus encontra sua mãe Maria

Jesus encontra sua mãe.


“Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: ‘Ele foi estabelecido para a queda e o reerguimento de muitos em Israel, e para ser sinal de contradição; e uma espada há de traspassar a tua alma. Assim se deverão revelar os intentos de muitos corações’. Sua mãe guardava no coração todas essas recordações.” (Lucas 2, 34-35.51)

Meditação

Na Via-Sacra de Jesus, aparece também Maria, Sua Mãe. Durante sua vida pública, ela teve de ficar de lado para dar lugar ao nascimento da nova família de Jesus, a família de seus discípulos. Teve também de ouvir estas palavras: “Quem é a minha Mãe e quem são os meus irmãos? Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12,48.50). Pode-se agora constatar que Ela é a Mãe de Jesus não só no corpo, mas também no coração. Ainda antes de tê-lo concebido no corpo, por sua obediência ela O concebera no coração. Fora-Lhe dito: “Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho. Ele será grande, o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi” (Lc 1,31-32). Mas algum tempo depois ouvira da boca do velho Simeão uma palavra diferente: “Uma espada Te há de trespassar a alma” (Lc 2,35). Nessa ocasião, Ela deve ter se lembrado de certas palavras pronunciadas pelos profetas, tais como: “Foi maltratado e resignou-se, não abriu a boca, como cordeiro levado ao matadouro” (Is 53,7). Agora tudo isso se torna realidade. No coração, tinha sempre conservado as palavras que o anjo Lhe dissera quando tudo começou: “Não tenhas receio, Maria” (Lc 1,30). Os discípulos fugiram; Ela não foge. Ela está ali, com a coragem de mãe, com a fidelidade de mãe, com a bondade de mãe, e com sua fé, que resiste na escuridão: “Feliz daquela que acreditou” (Lc 1,45). “Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18,8). Sim, agora Ele o sabe: encontrará fé. E essa é, naquela hora, sua grande consolação.

Oração

Santa Maria, Mãe do Senhor, permanecestes fiel quando os discípulos fugiram. Tal como acreditastes quando o anjo Vos anunciou o que era incrível – que haverias de ser Mãe do Altíssimo –, assim também acreditastes no momento de Sua maior humilhação. E foi assim que, na hora da cruz, na hora da noite mais escura do mundo, Vos tornastes Mãe dos que creem, Mãe da Igreja. Nós Vos pedimos: ensinai-nos a acreditar e ajudai-nos para que a fé se torne coragem de servir e gesto de um amor que socorre e sabe partilhar o sofrimento. Pai nosso...

Via Sacra - V Estação: Jesus é ajudado pelo cireneu a levar a cruz

Jesus é ajudado pelo cireneu a levar a cruz.


“Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-no para levar a cruz de Jesus. Jesus disse aos discípulos: ‘Se alguém quiser seguir-Me, renegue-se a si mesmo, pegue sua cruz e siga-Me’.” (Mateus 27, 32; 16, 24).

Meditação

Simão de Cirene regressa do trabalho, está a caminho de casa quando cruza com aquele triste cortejo de condenados – para ele talvez fosse um espetáculo habitual. Os soldados valem- se de seu direito de coação e colocam a cruz às costas dele, robusto homem do campo. Que aborrecimento não deverá ter sentido ao ver-se inesperadamente envolvido no destino daqueles condenados! Faz o que deve fazer, mas certamente com grande relutância. E todavia o evangelista Marcos nomeia, juntamente com o cireneu, também seus filhos, que evidentemente eram conhecidos como cristãos, como membros daquela comunidade (Mc 15,21). Do encontro involuntário, brotou a fé. Acompanhando Jesus e compartilhando o peso da cruz, o cireneu compreende que é uma graça poder caminhar junto com aquele Crucificado e assisti-Lo. O mistério de Jesus, que sofre calado, toca-lhe o coração. Jesus, cujo amor divino era o único que podia – e pode – redimir a humanidade inteira, quer que compartilhemos Sua cruz para completar o que ainda falta a Seus sofrimentos (Cl 1,24). Sempre que, bondosamente, vamos ao encontro de alguém que sofre, alguém perseguido e inerme, partilhando seu sofrimento ajudamos a levar a própria cruz de Jesus. E assim obtemos salvação e podemos, nós mesmos, contribuir para a salvação do mundo.

Oração

Senhor, abristes a Simão de Cirene os olhos e o coração, dando-lhe, na partilha da cruz, a graça da fé. Ajudai-nos a assistir nosso próximo que sofre, ainda que esse chamado seja contrário a nossos projetos e nossas simpatias. Concedei-nos reconhecer que é uma graça poder partilhar a cruz dos outros e experimentar que dessa forma estamos a caminhar convosco. Fazei-nos reconhecer com alegria que é precisamente pela partilha do Vosso sofrimento e dos sofrimentos deste mundo que nos tornamos ministros da salvação, podendo assim ajudar a construir o Vosso corpo, a Igreja. Pai nosso...

Via Sacra - VI Estação: Verônica limpa o rosto de Jesus

Verônica limpa o rosto de Jesus.


“O meu Servo cresceu sem distinção nem beleza que atraia o nosso olhar, nem aspecto agradável que possa cativar-nos. Desprezado e repelido pelos homens, homem de dores, afeito ao sofrimento, é como aquele a quem se volta a cara, pessoa desprezível, da qual se não faz caso.” (Isaías 53, 2-3).

“Meu coração fala convosco confiante, e os meus olhos Vos procuram. Senhor, é Vos sa face que eu procuro; não me escondais a Vossa face! Não afasteis em Vossa ira o Vosso servo, sois Vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu Deus e Salvador.” (Salmos 27/26, 8-9).

Meditação

Verônica – Berenice, segundo a tradição grega – encarna este anseio que irmana todos os indivíduo piedosos do Antigo Testamento: o anseio que todos os homens crentes têm de verem o rosto de Deus. Em todo caso, na Via-Sacra de Jesus, Verônica inicialmente se limitara a prestar um serviço de gentileza feminina: oferecer um lenço a Jesus. Não se deixa contagiar pela brutalidade dos soldados, nem imobilizar pelo medo dos discípulos. É a imagem da mulher bondosa que, perante a perturbação e a escuridão dos corações, mantém a coragem da bondade, não permite que seu coração permaneça na escuridão: “Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” – dissera o Senhor no Sermão da Montanha (Mt 5,8). No princípio, Verônica via apenas um rosto maltratado e marcado pela dor. Mas o ato de amor imprime em seu coração a verdadeira imagem de Jesus: no rosto humano, coberto de sangue e de feridas, ela vê o Rosto de Deus e de Sua bondade, que nos acompanha mesmo na dor mais profunda. Somente com o coração podemos ver Jesus. Apenas o amor nos torna capazes de ver e nos torna puros. Só o amor nos faz reconhecer Deus, que é o próprio amor.

Oração

Senhor, dai-nos a inquietação do coração que procura Vosso rosto. Protegei-nos da escuridão do coração que vê apenas a superfície das coisas. Concedei-nos aquela generosidade e pureza de coração que nos tornam capazes de ver Vossa presença no mundo. Quando não pudermos realizar grandes coisas, dai-nos a coragem de uma bondade humilde. Imprimi Vosso rosto em nossos corações, para podermos Vos encontrar e mostrar ao mundo Vossa imagem. Pai nosso...

Via Sacra - VII Estação: Jesus cai pela segunda vez

Jesus cai pela segunda vez.


“Eu sou o homem que conheceu a miséria sob a vara do seu furor. Ele me guiou e me fez andar nas trevas e não na luz. Bloqueou meus caminhos com blocos de pedra, obstruiu minhas veredas. Ele quebrou meus dentes com cascalho, mergulhou-me na cinza.” (Lamentações 3, 1-2.9.16).

Meditação

A tradição da tríplice queda de Jesus sob o peso da cruz recorda a queda de Adão – o ser humano caído que somos nós – e o mistério da associação de Jesus a nossa queda. Na história, a queda do homem assume sempre novas formas. Em sua primeira carta, São João fala duma tríplice queda do homem: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Assim interpreta ele a queda do homem e da humanidade, no horizonte dos vícios de seu tempo com todos os seus excessos e depravações. Mas, olhando a história mais recente, podemos também pensar por que a cristandade, cansada da fé, abandonou o Senhor: as grandes ideologias, com a banalização do homem, que já não crê em nada e se deixa simplesmente ir à deriva, construíram um novo paganismo – um paganismo pior que o antigo –, o qual, desejoso de marginalizar definitivamente Deus, acabou por perder o homem. Eis o homem que jaz no pó. O Senhor carrega esse peso e cai, cai para poder chegar até nós; Ele nos olha para que em nós volte a palpitar o coração; cai para nos levantar.

Oração

Senhor Jesus Cristo, carregastes nosso peso e continuais a nos carregar. É nosso peso que Vos faz cair. Mas sois Vós a nos levantar, porque, sozinhos, não conseguimos nos erguer do pó. Livrai-nos do poder da concupiscência. Em vez do coração de pedra, dai-nos novamente um coração de carne, um coração capaz de ver. Destruí o poder das ideologias, para os homens poderem reconhecer que estão permeadas de mentiras. Não permitais que o muro do materialismo se torne intransponível. Fazei com que Vos ouçamos de novo. Tornai-nos sóbrios e vigilantes para podermos resistir às forças do mal e ajudai-nos a reconhecer as necessidades interiores e exteriores dos outros, e a socorrê-las. Erguei-nos, para podermos levantar os outros. Concedei-nos esperança no meio de toda esta escuridão, para podermos ser portadores de esperança no mundo. Pai nosso...

Via Sacra - VIII Estação: Jesus encontra as mulheres que choram

Jesus encontra as mulheres que choram.


“Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: ‘Mulheres de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: “Felizes as estéreis, as entranhas que não tiveram filhos e os peitos que não amamentaram”. Nessa altura, começarão a dizer aos montes: “Caí sobre nós”, e às colinas: “Cobrinos”. Porque, se fazem assim no madeiro verde, que será no madeiro seco?’.” (Lucas 23, 28-31).

Meditação

As palavras com que Jesus adverte as mulheres de Jerusalém que O seguem e choram por Ele fazem-nos refletir. Como entender tais palavras? Não se trata porventura de uma advertência contra uma piedade puramente sentimental, que não se torna conversão e fé vivida? De nada serve lamentar, por palavras e sentimentalmente, os sofrimentos deste mundo, se nossa vida continua sempre igual. Por isso, o Senhor nos adverte do perigo em que nós próprios nos encontramos. Mostra-nos a seriedade do pecado e a seriedade do juízo. Apesar de todas as nossas palavras de horror diante do mal e dos sofrimentos dos inocentes, não somos nós porventura demasiadamente inclinados a banalizar o mistério do mal? Da imagem de Deus e de Jesus, no fim das contas, não admitimos apenas o aspecto terno e amável, enquanto tranquilamente cancelamos a dimensão do juízo? Como poderia Deus fazer-Se um drama com nossa fragilidade – pensamos conosco –, não passamos de simples homens?! Mas, fixando os sofrimentos do Filho, vemos toda a seriedade do pecado, vemos como tem de ser expiado até o fim para poder ser superado. Não podemos continuar a banalizar o mal, quando vemos a imagem do Senhor que sofre. Também a nós, diz Ele: Não choreis por Mim, chorai por vós próprios... porque, se tratam assim o madeiro verde, que será do madeiro seco?

Oração

Senhor, às mulheres que choravam, falastes de penitência, do Dia do Juízo, quando nos encontrarmos diante da Vossa face, a face do Juiz do Mundo. Chamais-nos a sair da banalização do mal que nos deixa tranquilos para podermos continuar nossa vida de sempre. Mostrai-nos a seriedade de nossa responsabilidade, o perigo de sermos encontrados, no Juízo, culpados e estéreis. Fazei com que não nos limitemos a caminhar ao Vosso lado oferecendo apenas palavras de compaixão. Convertei-nos e dai-nos uma vida nova; não permitais que acabemos por ficar como um madeiro seco, mas fazei que nos tornemos ramos vivos em Vós, a videira verdadeira, e produzamos fruto para a vida eterna (Jo 15,1-10). Pai nosso...

Via Sacra - IX Estação: Jesus cai pela terceira vez

Jesus cai pela terceira vez.


“É bom para o homem suportar o jugo desde sua juventude. Que esteja solitário e silencioso quando o Senhor o impuser sobre ele; que ponha sua boca no pó: talvez haja esperança! Que dê sua face a quem o fere e se sacie de opróbrios. Pois o Senhor não rejeita para sempre: se Ele aflige, Ele se compadece segundo sua grande bondade.” (Lamentações 3, 27-32).

Meditação

E que dizer da terceira queda de Jesus sob o peso da cruz? Pode talvez fazer-nos pensar na queda do homem em geral, no afastamento de muitos de Cristo, caminhando à deriva para um secularismo sem Deus. Mas não deveríamos pensar também em tudo quanto Cristo tem sofrido em sua própria Igreja? Quantas vezes se abusa do Santíssimo Sacramento da Sua presença! Freqüentemente como está vazio e ruim o coração onde Ele entra! Tantas vezes celebramos apenas nós próprios, sem nem sequer nos darmos conta dEle! Quantas vezes se distorce Sua Palavra! Quantas vezes se abusa de Sua Palavra! Quão pouca fé existe em tantas teorias, quantas palavras vazias! Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba, quanta auto-suficiência! Respeitamos tão pouco o sacramento da reconciliação, em que Ele está a nossa espera para nos levantar de nossas quedas! Tudo isso está presente em Sua paixão. A traição dos discípulos, a recepção indigna de seu Corpo e de seu Sangue são certamente o maior sofrimento do Redentor, o que Lhe trespassa o coração. Nada mais podemos fazer que dirigir-Lhe, do mais profundo da alma, este grito: Kyrie, eleison! – Senhor, salvai-nos! (Mt 8,25).

Oração

Senhor, muitas vezes Vossa Igreja parece-nos uma barca que está para afundar, uma barca em que entra água por todos os lados. E, mesmo no Vosso campo de trigo, vemos mais cizânia que trigo. O vestido e o rosto tão sujos de Vossa Igreja muitas vezes nos horrorizam. Mas somos nós mesmos que os sujamos! Somos nós mesmos que Vos traímos sempre, depois de todas as nossas grandes palavras, os nossos grandes gestos. Tende piedade de Vossa Igreja: também dentro dela, Adão continua a cair. Com nossa queda, nós Vos jogamos no chão, e Satanás se põe a rir porque espera que não mais conseguireis levantar-Vos daquela queda; espera que Vós, tendo sido arrastado na queda de Vossa Igreja, ficareis por terra, derrotado. Mas Vos erguereis. Vós Vos levantastes, ressuscitastes e podeis levantar-nos também a nós. Salvai e santificai Vossa Igreja. Salvai e santificai a todos nós. Pai nosso...

Via Sacra - X Estação: Jesus Cristo é crucificado

Jesus é crucificado.


“Chegando a um lugar chamado Gólgota – que quer dizer ‘Lugar do Crânio’ –, deram-Lhe a beber vinho misturado com fel. Mas Jesus, quando o provou, não quis beber. Depois de O terem crucificado, repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, e ficaram ali sentados a guardá-Lo.” (Mateus 27, 33-36)

Meditação

Jesus é despojado de suas vestes. A roupa confere ao homem sua posição social, dá-lhe seu lugar na sociedade e o faz sentir-se alguém. Ser despojado em público significa que Jesus já não é ninguém, nada mais é que um marginalizado, desprezado por todos. O momento do despojamento nos recorda também a expulsão do Paraíso: o homem ficou sem o esplendor de Deus; agora está ali, nu e exposto, desnudado e envergonhado. Desse modo, Jesus assume mais uma vez a situação do homem caído. Jesus despojado recorda-nos o fato de que todos perdemos a “primeira veste”, isto é, o esplendor de Deus. Junto da cruz, os soldados lançam sortes para repartirem entre si aqueles míseros haveres, as vestes de Jesus. Os evangelistas narram esse episódio com palavras tiradas do Salmo 22,19 e assim afirmam-nos o mesmo que Jesus há de dizer aos discípulos de Emaús: tudo aconteceu “conforme as Escrituras”. Não se trata aqui de pura coincidência: tudo o que acontece está contido na Palavra de Deus e conforme Seu desígnio divino. O Senhor experimenta todos os graus da perdição dos homens, e cada um deles é, com toda a sua amargura, um passo da redenção: é precisamente assim que Ele traz de volta para casa a ovelha perdida. Recordemos ainda que, segundo diz São João, o objeto do sorteio era a túnica de Jesus, a qual, “toda tecida de alto a baixo, não tinha costura” (Jo 19,23). Podemos considerar isso uma alusão à veste do sumo sacerdote, que era “tecida como um todo”, sem costura (Flávio Josefo, Antiguidades judaicas, III, 161). Ele, o Crucificado, é realmente o verdadeiro sumo sacerdote.

Oração

Senhor Jesus, fostes despojado de Vossas vestes, exposto à desonra, expulso da sociedade. Assumistes sobre Vós a desonra de Adão, sanando-a. Assumistes os sofrimentos e as necessidades dos pobres, daqueles que são expulsos do mundo. Deste modo é que realizais a palavra dos profetas. É precisamente assim que dais significado àquilo que não tem significado. Assim mesmo nos dais a conhecer que estais nas mãos do Vosso Pai – Vós, nós e o mundo. Concedei-nos um respeito profundo pelo homem em todas as fases de sua existência e em todas as situações em que o encontrarmos. Dai-nos a veste luminosa de Vossa graça. Pai nosso...

Via Sacra - XI Estação: Jesus promete seu Reino ao bom ladrão

Jesus promete seu Reino ao bom ladrão.


“Puseram acima da cabeça de Jesus um letreiro escrito com a causa da condenação: ‘Este é Jesus, o Rei dos Judeus’. Foram então crucificados com Ele dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam dirigiam-Lhe insultos, abanavam a cabeça e diziam: ‘Tu, que demolias o Templo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!’. Também os sumos sacerdotes zombavam, juntamente com os escribas e os anciãos, dizendo: ‘Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se! É Rei de Israel! Desça agora da cruz, e acreditaremos nele’.” (Mateus 27, 37-42).

Meditação

Jesus é pregado na cruz. O sudário de Turim permite formar uma idéia da crueldade incrível desse processo. Jesus não toma a bebida anestesiante que Lhe fora oferecida: conscientemente assume todo o sofrimento da crucifixão. Todo Seu corpo é martirizado; cumpriram-se as palavras do Salmo: “Eu, porém, sou um verme e não um homem, o opróbrio dos homens rebotalho do povo” (Sl 22/21,7). “Como um homem diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desestimado. Na verdade Ele tomou sobre Si as nossas doenças, carregou as nossas dores” (Is 53,3-4). Detenhamo-nos diante dessa imagem de sofrimento, diante do Filho de Deus sofredor. Olhemos para Ele nos momentos de presunção e de prazer, para aprendermos a respeitar os limites e a ver a superficialidade de todos os bens puramente materiais. Olhemos para Ele nos momentos de calamidade e de angústia, para reconhecermos que precisamente assim estamos perto de Deus. Procuremos reconhecer Seu rosto naqueles que tendemos a desprezar. Diante do Senhor condenado, que não quer usar Seu poder para descer da cruz, mas antes suporta os sofrimentos da cruz até o fim, pode assomar ainda outro pensamento. Inácio de Antioquia, ele mesmo preso com cadeias por sua fé no Senhor, elogiou os cristãos de Esmirna pela fé inabalável deles: afirma que estavam, por assim dizer, pregados com a carne e o sangue à cruz do Senhor Jesus Cristo (1,1). Deixemo-nos pregar a Ele, sem ceder a qualquer tentação de nos separarmos nem ceder às zombarias que pretendem levar-nos a fazê-lo.

Oração

Senhor Jesus Cristo, fizestes-Vos pregar na cruz, aceitando a crueldade terrível desse tormento, a destruição de Vosso corpo e Vossa dignidade. Fizestes-Vos pregar, sofrestes sem evasões nem descontos. Ajudai-nos a não fugir perante o que somos chamados a realizar. Ajudai-nos a nos ligar estreitamente a Vós. Ajudai-nos a desmascarar a falsa liberdade que nos quer afastar de Vós. Ajudai-nos a aceitar Vossa liberdade “ligada” e a encontrar nessa estreita ligação convosco a verdadeira liberdade. Pai Nosso...