“É um grande momento que mexe muito com o nosso povo. Visitamos cemitérios e rezamos, porque cremos na vida eterna, cremos na ressurreição. Permanecemos unidos, na oração, àqueles que já partiram e rezamos para que Deus acolha esta oração em benefício deles. Por isso mandamos rezar missas: porque nós, católicos, cremos que na hora da morte a alma já vai ao encontro de Deus para ter o seu juízo particular. Não ficamos esperando até o fim dos tempos. Os católicos são os únicos que rezam pelos seus falecidos”, pontua o bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach.
Conforme Dom Jacinto, rezar pelos falecidos é um ato de amor e de fé. “Unidos em oração, podemos ajudar. Formamos um grande corpo de Cristo, portanto não estamos isolados, separados, mas unidos. É um gesto muito bonito de nosso povo que vai e que sabe que seus falecidos não deixaram de existir, e que certamente espera que estejam na glória eterna, não na condenação. O sentido do purgatório ou purificação mostra que ninguém consegue ser totalmente perfeito neste mundo. Mesmo com todo o bem que faz, ainda precisa de misericórdia na hora da morte. Daí nossas orações são importantes, para que a pessoa realmente se abra para o amor de Deus e para o amor ao próximo e assim possa ser bem acolhida na eternidade”, enfatiza.
Segundo o bispo, que presidirá missa no Cemitério Municipal de Criciúma, no bairro São Luiz, às 08h, o gesto dos católicos estarem unidos em oração com seus entes que já partiram define a Igreja caminhante, padecente e triunfante. “A Igreja caminhante somos nós, que peregrinamos pelo mundo; a Igreja padecente são os que padecem e neste momento estão morrendo, que são muitas pessoas no mundo inteiro; e a Igreja triunfante são os que já estão na glória eterna. Esta é a Igreja de Cristo e que está sempre unida, uma a outra: uns intercedem por nós, e nós pedimos que Deus os acolha”.
O dia de Todos os Santos
Na véspera de Finados, em 1º de novembro, a Igreja celebra, desde muitos séculos, o dia de Todos os Santos. “São pessoas que viveram o seguimento de Jesus Cristo e pela ação do Espírito Santo se tornaram modelos. Cremos que eles já estão junto de Deus e intercedem, como nós rezamos na oração do Creio, ‘na comunhão dos santos’. Nós que aqui ainda estamos em peregrinação e eles, já junto de Deus, estamos em estreita comunhão sempre, por isso rezamos pela comunhão e pela intercessão deles. Esse nosso futuro, o nosso Batismo, são para a santidade”.
Fonte: Diocese de Criciúma
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