Pela Igreja recebemos o Espírito Santo, pela Igreja somos perdoados de nossos pecados, “Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”. (1 Jo 2, 1). Pela Igreja somos feitos filhos de Deus em Jesus Cristo, pela Igreja somos salvos, pois é Ela que manifesta as bênçãos de Deus sobre nós. É isso que vemos na primeira leitura a comunidade: “Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações”. Esses quatros pontos em negrito é que faz a Igreja ser a Igreja de Cristo. Tudo foi confiado a Igreja – “E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Grifo nosso); as portas do inferno não prevalecerão contra ela, Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (MT 16, 18-19). Pois bem, irmãos e irmãs, estamos diante de um grande mistério – A IGREJA – Esta é por excelência o lugar privilegiado da manifestação de Deus e você foi chamado a fazer parte, ser membro ativo desta manifestação, sinta-se feliz por ser Católico.
Vemos também a figura de Tomé, ele não estava junto com a comunidade reunida na primeira aparição de Jesus e, portanto não passou pela experiência com o ressuscitado, assim quando foi informado o que havia acontecido naquele encontro memorável, não acreditou, mas não porque não tinha fé e sim porque não teve a experiência com o ressuscitado. Isso também acontece em nosso meio, quando uma pessoa vai fazer um retiro volta toda empolgada, com um fogo novo fruto de um encontro com Cristo e ao chegar a casa, no trabalho, na escola... Quer contar a todos e quer mudar o mundo, mas aquelas pessoas não entendem e até falam mal, recriminam, porque não passaram pela experiência que o retirante passou. Veja o caso de Maria depois da anunciação. Quem poderia entender o que se passou com Ela? Somente Isabel que passou, também por uma experiência de Deus, de forma diferente é claro. Assim Tomé ficou intrigado, mas oito dias depois, isto é neste domingo, a comunidade estava reunido novamente, e agora Tomé estava junto, e com toda certeza estava na expectativa de que algo iria acontecer com ele, também. E aconteceu. Tomé teve sua experiência com o ressuscitado de tal forma que até tocou no Senhor, e muito importante – A experiência dele foi tão forte que percebeu de forma intima quem era Jesus e exclamou o que ninguém havia percebido de forma tão particular – “Meu Senhor e Meu Deus”. A Experiência com o ressuscitado nos leva a descobrir: “É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2, 9). Vemos que Tomé foi a fundo com o ressuscitado e quem sabe agora é a sua vez? Você já descobriu, já saboreou o que Jesus tem reservado só pra você em uma experiência intima, Ele está esperando, veja: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir à porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo”. (Ap 3,20). Jesus quer fazer uma festa intima com você, não perca tempo, Ele nos traz a Misericórdia do Pai que perdoa todos os nossos pecados e nos leva a uma intima união com Ele. Então não existe empecilho é só “ouvir a minha voz e me abrir à porta”. Psiu! Silêncio! Ouça, Ele está te chamando a uma comunhão de amor. Renda-se. E tocará no infinito do Amor e a eternidade tocará em seu coração e, certamente você nunca mais será a mesma pessoa.
Foi o que aconteceu com Tomé, com os apóstolos, com Paulo, com os milhares e milhares de pessoas nestes dois mil anos de caminhada em que Jesus vem tocando nos corações formando um grande exército de irmãos para a Glória do Pai. E Você faz parte deste exército.
E especialmente neste domingo vemos um irmão nosso, um grande irmão recebendo as honras do altar por “ouvir a voz do Senhor e abrir a porta” – Nosso querido irmão e pai o Papa João Paulo II – a quem peço a intercessão para continuarmos e “combater um bom combate”.
Fonte: Antonio - www.comdeus.com.br
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