“Quem vai remover para nós a pedra da entrada do túmulo?” (Mc 16,3). Esta é a pergunta que abre o relato da ressurreição do evangelista Marcos.
Resolvi começar esta reflexão com esta pergunta, procurando ver se ela de alguma forma encontra eco na minha mente e no meu coração, e na mente e no coração de tantas pessoas que conheço.
No tempo de Jesus, as entradas das sepulturas escavadas na rocha eram fechadas, como de costume, por grandes pedras circulares, esculpidas de tal forma que pudessem ser roladas. Eram pedras pesadas, e era preciso muita força para movê-las, para evitar que qualquer um abrisse as sepulturas.
Também na entrada da sepultura de Jesus foi colocada uma pedra redonda. A possibilidade das mulheres que se dirigem ao sepulcro é, portanto, muito pequena. Estão ali para embalsamar um corpo morto. A única preocupação que têm é sobre como entrar se elas não têm forças para rolar a grande pedra.
Esperam talvez por ajuda para poder entrar, mas não esperam certamente encontrar a sepultura aberta, mais do que a entrada da tumba, a estrada da vida.
Nessa rocha vejo os fardos da minha vida. Vejo aquilo que bloqueia a minha generosidade para com o próximo; vejo também o fardo das minhas incoerências que tornam pesadas a minha fé e o meu ministério.
Nessa pedra que bloqueia a estrada das mulheres, vejo também tudo aquilo que, nestes tempos de corrupção na esfera do governo, bloqueia as esperanças do país de caminhar para transformar os cargos públicos em serviço para o povo.
Seria justo falar não de “crise”, mas de “crises”, no plural, porque, de tantas maneiras, todos nós somos atingidos. E, para todos, a pedra se torna cada vez maior e mais difícil de ser retirada.
Cada um de nós poderia gravar naquela pedra a própria crise, as próprias tristezas e tudo aquilo que pesa na nossa própria vida e nos causa desânimo. Poderemos também nós gravar os nomes daquelas pessoas que conhecemos e que estão carregando fardos difíceis de ser retirados.
As perguntas das mulheres podem ser transformadas em outras perguntas: quem me fará rever o emprego perdido, uma vez que o desemprego pesa como uma pedra?
Quem devolverá a esperança a mim e à minha família, retirando a pedra da pobreza e da incerteza quanto ao futuro?
Quem me devolverá a esperança no amor, movendo as pedras da incompreensão e das divisões?
Esperam talvez por ajuda para poder entrar, mas não esperam certamente encontrar a sepultura aberta, mais do que a entrada da tumba, a estrada da vida.
Nessa rocha vejo os fardos da minha vida. Vejo aquilo que bloqueia a minha generosidade para com o próximo; vejo também o fardo das minhas incoerências que tornam pesadas a minha fé e o meu ministério.
Nessa pedra que bloqueia a estrada das mulheres, vejo também tudo aquilo que, nestes tempos de corrupção na esfera do governo, bloqueia as esperanças do país de caminhar para transformar os cargos públicos em serviço para o povo.
Seria justo falar não de “crise”, mas de “crises”, no plural, porque, de tantas maneiras, todos nós somos atingidos. E, para todos, a pedra se torna cada vez maior e mais difícil de ser retirada.
Cada um de nós poderia gravar naquela pedra a própria crise, as próprias tristezas e tudo aquilo que pesa na nossa própria vida e nos causa desânimo. Poderemos também nós gravar os nomes daquelas pessoas que conhecemos e que estão carregando fardos difíceis de ser retirados.
As perguntas das mulheres podem ser transformadas em outras perguntas: quem me fará rever o emprego perdido, uma vez que o desemprego pesa como uma pedra?
Quem devolverá a esperança a mim e à minha família, retirando a pedra da pobreza e da incerteza quanto ao futuro?
Quem me devolverá a esperança no amor, movendo as pedras da incompreensão e das divisões?
Quem me fará ter de novo a alegria de viver, tirando do coração a pedra pesada do luto pelo ente querido que me deixou?
E poderemos, num instante de verdadeira abertura para o mundo, escrever na pedra do sepulcro de Jesus também as pedras de tantos pobres no mundo que não têm força nem mesmo para mover uma pequena pedra.
O evangelho de João testemunha que as mulheres encontram a pedra retirada.
É o primeiro sinal de algo novo e bem maior do que as suas expectativas.
Encontram um sinal de vida e um novo endereço para a sua busca. Não existe mais a perspectiva de poder ao menos entrar num sepulcro com um corpo morto, mas o anúncio de uma vida nova.
“Ressurgiu, não está aqui”.
Não somente a pedra foi removida, mas também para elas algo está reservado ao seu coração e à sua vida.
Preocupações, fardos e medos estão destinados a desaparecer com a ressurreição de Cristo, e diante deles abre-se uma estrada nova.
Não podemos celebrar a Páscoa sem levar em consideração o fardo das pedras que caem nas estradas do homem. O primeiro passo é, portanto, ouvir a pergunta: quem removerá a pedra?. Pergunta que talvez se torna um grito angustiante e desesperado.
Celebrar a Páscoa, para nós, cristãos, significa, então, ser corajosos, ajudando uns aos outros, no pouco que pudermos fazer, a remover as pedras uns dos outros.
O evangelho de João testemunha que as mulheres encontram a pedra retirada.
É o primeiro sinal de algo novo e bem maior do que as suas expectativas.
Encontram um sinal de vida e um novo endereço para a sua busca. Não existe mais a perspectiva de poder ao menos entrar num sepulcro com um corpo morto, mas o anúncio de uma vida nova.
“Ressurgiu, não está aqui”.
Não somente a pedra foi removida, mas também para elas algo está reservado ao seu coração e à sua vida.
Preocupações, fardos e medos estão destinados a desaparecer com a ressurreição de Cristo, e diante deles abre-se uma estrada nova.
Não podemos celebrar a Páscoa sem levar em consideração o fardo das pedras que caem nas estradas do homem. O primeiro passo é, portanto, ouvir a pergunta: quem removerá a pedra?. Pergunta que talvez se torna um grito angustiante e desesperado.
Celebrar a Páscoa, para nós, cristãos, significa, então, ser corajosos, ajudando uns aos outros, no pouco que pudermos fazer, a remover as pedras uns dos outros.
Celebrar a Páscoa significa também participar do anúncio de uma nova esperança e de uma estrada nova que nem crise, nem a pobreza ou o luto podem se barreiras: Jesus ressuscitou, a vida sempre vence, a estrada do amor jamais é interrompida.
(Fonte: Qumran)
(Fonte: Qumran)
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